Ex-prefeito de Ilhota é preso em operação contra esquema de garantias de aluguel em Navegantes


A Polícia Civil de Navegantes prendeu, na manhã desta quinta‑feira (18), o ex‑prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, durante uma operação que investiga um esquema de estelionato e apropriação indébita envolvendo empresas que atuavam irregularmente como garantidoras de aluguel. Além da prisão preventiva, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, suspensão de atividades econômicas e bloqueio de valores que somam, inicialmente, R$ 1,5 milhão.
Como funcionava o esquema
Segundo as investigações, o grupo operava por meio de empresas que prometiam garantir o pagamento de aluguéis em caso de inadimplência dos inquilinos. No entanto, as companhias não possuíam registro nem autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão responsável pela fiscalização do setor. Em alguns casos, clientes eram induzidos a acreditar que se tratava de seguradoras regulares.
Com o passar do tempo, novas empresas foram criadas e contratos passaram a incluir cláusulas mais severas, dificultando repasses às imobiliárias e protelando pagamentos. Apesar disso, a carteira de clientes continuou a crescer, ampliando os prejuízos.
Impacto e prejuízos
De acordo com a Polícia Civil, o esquema chegou a provocar a falência de imobiliárias, que precisaram arcar com os pagamentos aos proprietários de imóveis. Algumas encerraram as atividades ou transferiram seus clientes para outras empresas. O prejuízo total pode ultrapassar R$ 15 milhões, atingindo vítimas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Mato Grosso.
Estrutura e estilo de vida
Uma das empresas investigadas informava ter sede em Navegantes, enquanto outra registrava endereço na avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. Nos locais, porém, funcionavam outras companhias. A polícia destacou ainda que os responsáveis mantinham padrão de vida elevado, com apartamentos de luxo, incluindo cobertura frente ao mar, e veículos de alto valor.
Próximos passos
As diligências continuam para cumprimento de prisões ainda pendentes e análise de dispositivos eletrônicos e materiais apreendidos. O delegado Osnei de Oliveira, da DPCo de Navegantes, orientou que pessoas e empresas que tenham sido lesadas procurem a delegacia da região onde ocorreram os fatos para registrar boletim de ocorrência, contribuindo para o avanço das investigações e responsabilização dos envolvidos.
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