A morte de Jéssica Stappazzollo Custodio de Lima, ocorrida entre os dias 27 e 28 de outubro em Castelnuovo del Garda, na região de Verona, no Norte da Itália, gerou comoção internacional e mobilização por parte da família, que tenta reunir recursos para o translado do corpo até Içara, no Sul de Santa Catarina. O custo estimado para o procedimento gira em torno de R$ 60 mil.

Jéssica foi encontrada morta com múltiplas perfurações por arma branca no apartamento onde vivia com o companheiro Douglas Reis Pedroso, de 41 anos, também brasileiro. Segundo autoridades italianas, o homem teria acionado a polícia e ameaçado tirar a própria vida. Após uma confissão parcial, os agentes localizaram o corpo da vítima e efetuaram a prisão do suspeito.

A vítima possuía dupla nacionalidade e vivia na Europa há vários anos, trabalhando em estabelecimentos como gelaterias e cafés. Ela deixa uma filha de um relacionamento anterior. O histórico de violência envolvendo o suspeito inclui denúncias por agressões e maus-tratos, além de uma acusação de abuso contra a irmã de Jéssica no fim de 2024.

A família planeja realizar dois funerais: um na Itália e outro em Içara, onde ocorrerá o sepultamento. A comunidade brasileira e italiana tem demonstrado solidariedade diante da tragédia, enquanto o Consulado-Geral do Brasil em Milão acompanha o caso junto às autoridades locais.

O episódio reacende o debate sobre a violência contra mulheres brasileiras no exterior e os desafios enfrentados por famílias que precisam lidar com a burocracia e os custos elevados da repatriação em meio ao luto.