Mãe denuncia abuso sexual do filho por padre em Lages e relata trauma profundo: “Ele não sai mais do quarto”
A denúncia de abuso sexual contra um menino de 13 anos por um padre da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em Lages (SC), trouxe à tona não apenas a gravidade do crime, mas também o sofrimento contínuo da família da vítima. A mãe do adolescente, abalada, relatou mudanças drásticas no comportamento do filho desde o ocorrido, que teria acontecido no dia 23 de junho, após o garoto ser levado pelo religioso para ajudar em uma mudança na igreja.
Segundo a mãe, o menino, antes ativo e sociável, agora vive recluso. Ele deixou de frequentar a escola, evita contato com familiares e passa os dias trancado no quarto. A alimentação também foi afetada, com perda de peso significativa. A família busca apoio psicológico por meio do CRAS, mas o atendimento ainda não foi iniciado.
O relato da mãe revela o choque e a culpa por ter confiado no padre, figura próxima da família e responsável pelo batismo do garoto. Ela autorizou a saída do filho com o religioso, sem imaginar que algo pudesse acontecer. O menino retornou para casa à noite, visivelmente abalado, e só revelou o abuso no dia seguinte, em conversa com a irmã.
A mãe descreve que o filho relatou ter sido dopado após tomar um suco oferecido pelo padre. Ele teria perdido a consciência e acordado já sendo violentado. Exames realizados no Instituto Médico Legal confirmaram lesões compatíveis com violência sexual. A família também entregou à polícia mensagens trocadas entre o menino e o suspeito, que teriam conteúdo comprometedor.
Mesmo diante da gravidade do caso, o pedido de medida protetiva contra o padre foi negado pela Justiça, sob a justificativa de que não há vínculo familiar direto entre ele e a vítima. A decisão gerou indignação na família, que teme pela segurança do garoto.
O padre foi afastado de suas funções pela Diocese de Lages, que informou acompanhar o caso em paralelo à investigação canônica. A Polícia Civil segue com o inquérito sob sigilo, e os laudos periciais serão encaminhados ao Ministério Público.
A mãe, em meio à dor, cobra justiça e apoio efetivo. Para ela, o trauma do filho é irreversível, e o silêncio da comunidade religiosa só amplia o sofrimento. “Ele chora de dor, tem medo de tudo e vergonha de ir à escola”, relatou. A família segue em busca de amparo e responsabilização do agressor.
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