O futebol mundial amanheceu em luto nesta quinta-feira (3) com a confirmação da morte do atacante português Diogo Jota, de 28 anos, e de seu irmão, André Silva, de 25. Os dois atletas perderam a vida em um grave acidente de carro ocorrido na rodovia A-52, nas proximidades de Zamora, no norte da Espanha.

Segundo informações preliminares da Guarda Civil espanhola, o veículo em que os irmãos viajavam — um Lamborghini Huracán — saiu da pista e pegou fogo após o estouro de um pneu durante uma ultrapassagem. As vítimas morreram no local. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal de Zamora para realização de autópsia.

Diogo Jota, atacante do Liverpool e da seleção portuguesa, havia se casado há apenas 11 dias com sua companheira de longa data, com quem teve três filhos. Em campo, vivia um dos momentos mais vitoriosos da carreira: foi campeão da Premier League na última temporada e já havia conquistado a FA Cup e a League Cup com os Reds. Pela seleção nacional, acumulava 49 convocações e dois títulos da Liga das Nações da UEFA, o mais recente conquistado em junho, diante da Espanha.

André Silva, por sua vez, atuava como atacante no Penafiel, clube da segunda divisão portuguesa. Ambos eram naturais da cidade do Porto e compartilhavam a paixão pelo futebol desde a infância.

A notícia da tragédia gerou comoção imediata. A Federação Portuguesa de Futebol, o Liverpool, o FC Porto e diversos clubes brasileiros manifestaram pesar nas redes sociais. Companheiros de equipe, como Cristiano Ronaldo, também prestaram homenagens emocionadas.

As autoridades espanholas seguem investigando as circunstâncias do acidente. A hipótese inicial aponta para falha mecânica, mas o laudo oficial ainda será divulgado.

A morte precoce dos irmãos representa uma perda irreparável para o esporte. Diogo Jota, em especial, era considerado um dos principais nomes da nova geração do futebol português, admirado por sua técnica, entrega e carisma dentro e fora de campo.