A morte de Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, em Itapecerica da Serra (SP), revelou um crime cuidadosamente premeditado. A jovem faleceu no último domingo (1º) após consumir um bolo de pote envenenado, entregue anonimamente em sua residência.

Inicialmente diagnosticada com intoxicação alimentar, Ana Luiza recebeu alta médica, mas voltou a apresentar sintomas no dia seguinte. Ao retornar ao pronto-socorro, já chegou sem vida.

Investigação revela suspeita inesperada

As autoridades identificaram uma ligação com outro caso ocorrido em 15 de abril, quando uma amiga da vítima também passou mal após ingerir um bolo semelhante. A jovem sobreviveu, permitindo que a polícia aprofundasse as investigações.

Analisando imagens de câmeras de segurança, os investigadores rastrearam o motoboy responsável pela entrega e localizaram o endereço de onde os doces haviam sido retirados. No local, encontraram uma adolescente de 17 anos, que foi conduzida à delegacia junto com sua mãe.

Confissão e motivação do crime

Durante o depoimento, a suspeita admitiu ter adulterado os bolos, comprando-os em uma doceria e adicionando óxido de arsênio, um veneno altamente tóxico, sobre a cobertura de brigadeiro. O motivo do crime, segundo a jovem, foi um sentimento de ciúmes, e seu objetivo era apenas “dar um susto” nas vítimas.

Ela ainda confessou ter escrito os bilhetes anônimos que acompanhavam as entregas e revelou ter adquirido o veneno pela internet.

Foto: Redes Sociais

Medidas legais contra a suspeita

Com a confissão, a Polícia Civil solicitou a apreensão da adolescente pelos crimes de homicídio qualificado pelo uso de veneno e tentativa de homicídio. A jovem será apresentada ainda nesta terça-feira (3) ao juiz da Vara da Infância e Juventude, que avaliará as medidas socioeducativas cabíveis ao caso.

As investigações seguem para esclarecer todos os detalhes do crime e reforçar a segurança contra práticas similares.